sábado, março 20, 2004

Cai a mascara

Dou-te tanto…
Entrego-me de corpo e alma,
Deixo-me cair nas tuas mãos
Sem defesas sem sequer pensar.
Troco tudo por ti,
Troco-me a mim, troco a todos.
Nada ou ninguém me é mais importante.
E tu pareces nem ver.
Para aqui fico caído ao acaso
Vulnerável aos demónios que se acercam.

Porque me viras as costas meu anjo?
Porque me deixas assim?
Exposto a tanta tortura a tanto desalento.
Não ouço do eco a resposta.
Não te ouço…
São estas as horas em que não dá mais
Longe dos olhares, longe de todos
Não preciso mais esconder,
Deixo cair a mascara que ostento
Homem durante o dia...
Rato durante a noite…
O sorriso forçado dilui-se
Nas lágrimas secas
Que me afogam…

BR

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