terça-feira, janeiro 06, 2004

Descrença

Este corpo, corrompido pelo cinzento nublado
vindo da imensidão da minha tormenta;
tristeza que não passa, monotonia que continua
e me destrói ao longo deste tempo urgente.
Olho ao meu redor e tudo é melancólico,
talvez seja mais um jogo da minha mente,
talvez tudo seja virtual, mas está cá dentro,
sinto-o, para mim é bem real este pesadelo infinito...

Sinto-me só ao lado de gente,
congelado á beira do lume bravo
sombrio á luz de dos raios solares
preso por mil laços invisíveis a esta sociedade podre,
que me transforma e me faz resignar,
a uma vida fora do habitual, alternativa,
tornando-me numa simples marioneta, neste mundo fingido,
onde finjo ser alegre mas choro por dentro
porque tudo é mágoa, é passageiro, é efemero;
excepto este sentimento de descrença
que me vai conquistando até á morte...

JR

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