segunda-feira, maio 08, 2006

Sem Aproveitamento


Oiço o murmúrio,
Baixo ruído que incomoda
Mente inquieta que reage
Toque de saída,
Dispara a ansiedade,
Não consigo controlar
É mais forte que eu.
Os fins que tenho e quero atingir,
Parecem muros altos
Da fortaleza impenetrável que me encerra…
Esforço-me pouco, assim não chego lá,
Mas vontade é algo que falha
Que não tenho, ou escasseia.
Voar quero mas não consigo sair do chão
Sinto a dor dos que ficam
Ausência dos que partem
Será sempre assim?
“I never battle battles that I can´t handle”

Mas esta é quase que uma derrota assumida!
Porquê pergunto-me
Como puto inocente que pela primeira vez
Cai desamparado e esfola os joelhos…
Será que é para isso que caímos?
Para aprendermos a nos levantar????
Quero chegar mais alto
Mas a subida é íngreme
Um passo para a frente, dois para trás…
Sinto que não te acompanho
Sei que exiges mais
Sei que te empato
Um dia parirás eu sei
Mas tudo é assim
Um dia o vento te trouxe
Como semente a um campo estéril
Amanhã a água te levará
Numa alvorada de verão
Nas finas gotas de orvalho…

A vida é isto,
Pelo menos a minha…